sexta-feira, 11 de abril de 2014




Harmonizando sua Energia


* Medite, com o tempo você sentirá os maravilhosos benefícios que essa prática trará a sua vida

* Antes de dormir evite programas, jornais, revistas ou qualquer outra via de comunicação que remeta a violência
A razão é simples : Estes fatos ficam em seu inconsciente, trazendo um sono agitado e muitas vezes pesadelos.

*Priorize o contato com a natureza, um banho de mar ou cachoeira fará uma excelente limpeza em seus chakras e aura.
Caso nenhum dos dois seja possível, caminhe num lugar arborizado fazendo algumas respirações. Ex. Respire profunda e calmamente a luz. Expire devagar, enquanto joga pra fora as energias densas.

* Ande descalço. Na terra, grama ou areia da praia, essa simples prática promove um aterramento natural

* Antes de dormir e ao acordar faça suas orações preferidas.
Estar em sintonia com nossos Mestres e fundamental para nosso equilibrio.

*Leia. Cultivar esse hábito é decisivo em nossa evolução espiritual.
Lembre-se que informação é LUZ !

* Seu banho pode ser mais que um ritual de limpeza do corpo físico. Transforme seu chuveiro numa ducha violeta, através de sua imaginação.
Sinta a água violeta dissolvendo irritações, cansaços, problemas ... a medida que ela escorre por seu corpo.
Após a retirada das energias densas, veja seu chuveiro com a luz azul de nosso querido Arcanjo Miguel, peça que todos os espaços deixados pelo que foi removido com a chama violeta, sejam preenchidos com a luz azul.

*Elimine definitivamente o hábito de "reclamar", lembre-se : Sempre recebemos MAIS daquilo que damos atenção.

*Viva o HOJE ! O ontem é passado e o amanhã ainda não chegou.

Paz e Luz !

Martha Nóvoa

domingo, 5 de janeiro de 2014

A NOITE ESCURA DA ALMA





Mensagem de Maria Madalena canalizada por Pamela Kribbe
 

Queridos amigos, sou sua irmã Maria Madalena. 
Estou ao lado de vocês como uma amiga muito íntima; não acima de vocês, mas como uma pessoa que vocês conhecem no interior de si mesmos. Sintam por um instante nossa conexão profunda – somos um, somos parte da mesma família.

Eu também trilhei o caminho do ser humano na Terra, conheci e explorei suas profundezas e fui tocada por uma Luz vívida e brilhante que me inspirou e tomou conta de mim, fazendo-me lembrar, sonhar e ansiar por um mundo mais bonito e melhor na Terra. 
Conheci os dois extremos; tanto a Luz quanto a escuridão. Esses extremos são polos que devem estar juntos; poderíamos dizer que são a força motriz um do outro. 

A vida parece ser feita de opostos: Luz e escuridão. Os sentimentos que eles provocam parecem ser opostos, entretanto existe uma ligação oculta entre eles: um não pode funcionar sem o outro. A experiência da Luz só é possível quando se vivencia a ausência dela e através do contraste com seu oposto, a escuridão.

A Luz nunca é tão visível quanto quando surge da escuridão. Pensem nos primeiros raios do Sol ao raiar do dia; a luz quente da manhã que banha o mundo. 
E como essa luz pode tocá-los profundamente, especialmente se estiverem emergindo de uma noite fria e escura. Contraste cria dinâmica – vida, movimento, crescimento, mudança – então a escuridão tem uma função em nossa vida. Entretanto, os seres humanos geralmente vivenciam a escuridão como a antítese da Luz; não como uma motivação para mudança e crescimento, mas como uma armadilha ou poço onde são capturados e de onde não conseguem mais sair.
 Desse poço profundo parece que vocês perderam contato com a Luz, como se ela tivesse sido cortada de vocês.

Cada um de vocês conhece esse estado mental de ser cortado da Luz, de ser privado do senso de significado e propósito da vida. Isto, na realidade, é estar morto. 

A única maneira possível de morrer não é a morte física, mas a cessação de qualquer movimento em seu coração, seus sentimentos e sua mente. Na realidade, a morte não existe; sua alma é eterna e continua vivendo. Tudo que é mortal em você é apenas forma; sua essência é eterna e não pode morrer. Entretanto, você pode perdê-la de vista temporariamente, a tal ponto que se torna rígido internamente e para de se mover. Você está morto por dentro e sente-se profundamente deprimido. Este é um estado extremamente doloroso!

Acompanhe-me por um momento. Desça comigo para esse estado deprimido e investigue-o com a mente aberta. 
O que acontece quando alguém perde toda esperança, se recolhe e se sente impotente diante de todos os sentimentos que brotam de dentro de si? Geralmente essa reação é provocada por acontecimentos externos que são perturbadores; acontecimentos que a pessoa não consegue localizar em seu quadro de referência, e que faz com que tudo na vida dela se torne incerto. Pode ser algo grande, como a morte de um ente querido, uma doença, a perda do emprego, o fim de um relacionamento…
 Estes são acontecimentos que afetam profundamente a pessoa e podem levá-la à beira do abismo. 


Entretanto, às vezes a escuridão pode se revelar a partir do seu próprio interior sem uma causa externa clara. 
Cargas emocionais antigas, que foram gravadas na memória da sua alma, vêm à superfície; experiências dolorosas, possivelmente originadas em vidas anteriores, brotam das profundezas do seu ser e você tem que lidar com sentimentos sombrios, medos e dúvidas. 
Experiências intensas de carência, solidão e fracasso podem entrar na sua psique sem razão e podem fazer você perder o equilíbrio tanto quanto qualquer evento externo que lhe aconteça.

Quando se é pego numa depressão, na Noite Escura da Alma, ela sempre vem com a experiência de ter sido tragado e ser incapaz de lidar com todas as emoções que se apresentam. 
O fluxo de emoções pesadas e dolorosas é vivenciado como algo grande demais para se suportar. 
Você é dominado por elas… ou assim lhe parece… e se fecha com uma profunda sensação de impotência. No momento em que volta as costas às emoções e se recusa a encará-las, você fica paralisado. Essas emoções desejam fluir; é essencial que as emoções continuem seguindo adiante como uma grande onda que arrebenta e corre em direção à praia. 

Mas você fica com medo de permitir isso, então se recusa a acompanhar esse movimento e foge dessas emoções que o inundam. Você constrói uma barragem e diz: “Não consigo lidar com isso. Eu não quero isso. Quero dar um fim nisso.” Sua reação, geralmente resultado de absoluta impotência, cria depressão, que é um estado de dormência e de estar fechado para a vida. Com o tempo, essa situação se torna insustentável e você não quer mais viver.

Do ponto de vista terreno, você quer morrer porque a vida está intolerável. Mas, do ponto de vista da alma, você está morto e esta é uma experiência tão insuportável, que você quer fazer tudo o que pode para por um fim a essa situação. 
O desejo de morrer é essencialmente um desejo de mudar, um desejo de voltar a viver. As pessoas que desejam cometer suicídio têm um profundo desejo de vida, não de morte.
 É justamente este sentimento de estar morto por dentro que as conduz ao desespero extremo. Sua ânsia de viver é que as leva a dar um fim às suas vidas físicas.

Quando você vivencia uma depressão, há em você uma combinação de profunda resistência e extrema vulnerabilidade. A depressão é uma forma de se defender contra o enorme poder das emoções que ameaçam tragá-lo. Você pensa que elas o destruirão e, assim, em sua impotência, constrói uma concha ao seu redor, envolve-se num casulo que o impeça de sentir qualquer coisa. 
Você não quer mais permanecer aqui. Assim como a avestruz que enterra sua cabeça na areia, você está se sufocando na areia, no entanto essa lhe parece a única saída. 



E, depois de certo tempo, você não é mais capaz de tirar sua cabeça da areia da depressão. Você se fechou tanto para a vida e para quaisquer sentimentos, que não é mais capaz de reverter a situação e efetuar a mudança; a oportunidade de dizer “sim” às emoções parece encontrar-se além da sua capacidade. A depressão atingiu o clímax.

Por um lado, você não consegue aceitar suas emoções de medo, desespero, tristeza e solidão, nem compartilhá-las com outras pessoas. Por outro lado, sabe e sente que é agonizantemente doloroso viver sem emoções; que isto é uma forma de morte, a negação total da sua essência viva. Passado um tempo, você deseja voltar a sentir. 
A dor de não sentir é maior do que a de sentir suas emoções. Esta é a sua salvação e este é o ponto de virada. A recusa para sentir e o pensamento “não, eu não posso, eu não quero isto, quero estar morto, quero desaparecer…” tornam-no tão oco, tão vazio por dentro, que você não consegue mais sustentar essa situação. Do ponto de vista da alma, o que acontece então é que a vida começa a ficar mais forte; ela não pode ser refreada indefinidamente.
 Quando a força vital é reprimida intensamente durante muito tempo, ela cria uma força oposta que acaba irrompendo. A força da onda gigante que quer correr para a praia não pode ser retida para sempre. Num certo momento, emerge um “sim” do seu interior, mesmo que você não o perceba conscientemente. 
Nada é estático na vida; a ânsia pela vida é impossível de ser detida. Quando o clímax foi atingido, você cria acontecimentos na sua vida que provocam mudança; isto cria um rompimento na barragem.

Às vezes isto ocorre sob a forma de uma tentativa de suicídio. Se falhar, poderá ocorrer uma espiral ascendente, porque seu sofrimento se torna muito visível para o mundo exterior. Quando descobre o quanto os outros se preocupam consigo, você pode abrir-se para mais Luz e para receber compreensão e simpatia.

 Entretanto, também pode acontecer que você não se abra e permaneça deprimido. Não existe uma receita pronta de como pode acontecer tal rompimento. No entanto, a vida tem uma força propulsora e impulsora que não permite que alguém se mantenha indefinidamente num estado estático de consciência.


Mesmo que sua vida terrena realmente termine em suicídio, você imediatamente terá que se defrontar com novas escolhas do outro lado, porque ainda terá que experimentar seus sentimentos lá. A tristeza que existia enquanto estava vivo, com seus sentimentos de dor e ansiedade, agora tem a capacidade de se apresentar ainda mais agudamente, de um modo menos velado. 
Às vezes o plano astral, para onde você vai depois da morte, o confronta diretamente com as emoções que você reprimiu e, deste modo, elas começam a fluir novamente. Por exemplo, uma pessoa pode sentir-se desesperada e horrorizada quando morre e descobre que a vida realmente não terminou. Ou vê as emoções da sua família na Terra, seu sofrimento e tristeza, e fica muito afetada por isso. 
O fato de ela ser tão tocada pode gerar um novo movimento na alma que acabou de desencarnar. Isto pode levar a um avanço, fazendo com que essa alma se abra para a ajuda dos guias que estão sempre ao seu lado, tanto na Terra quanto no Céu. A ajuda está sempre disponível, desde que se esteja aberto para isso. 


Não importa para que lado você se vire, a vida é mais poderosa do que qualquer desejo de morte. A vida sempre reassume seu direito de ser; você não pode matá-la. 
Portanto, sempre existe uma esperança. Fique com isto para si mesmo, mas também para outros que você vê sofrer. As coisas podem parecer tão desprovidas de esperança às vezes, mas sempre existe uma outra perspectiva, embora sua mente não consiga imaginar como pode ser isso e nem como a mudança ocorrerá. 
A vida é sempre mais forte que a morte, a Luz é mais forte do que a escuridão. A água pode romper uma barragem, porque tem o poder de se movimentar: ela empurra, ela está viva! O poder da água é mais forte do que a força de resistência que deseja represá-la.

Sinta a força impulsionadora da vida no seu interior por um instante. Às vezes você tem algumas partes bloqueadas, padrões que se repetem infinitamente, como dúvidas a respeito de si mesmo, sentimentos de inferioridade, incerteza, desconfiança, raiva, resistência… 
Agora imagine que esses bloqueios simplesmente estão aí, e que a vida continua a fluir ao redor deles, ao mesmo tempo. A água continua a correr e, embora ainda existam pedras no riacho que parece tão fixo e sem movimento, elas vão sendo desgastadas pelo movimento e pressão da água que passa por elas. 
 Leva tempo, mas não se esqueça de quem você é: você é a água que vive! Quanto mais se lembrar disto, mais você pode resgatar a energia dessas pedras e pedregulhos que estão no riacho. Há dores do passado que continuam ali. Você não precisa subestimá-los nem torná-los irrelevantes, mas também não precisa carregá-los para fora do rio. Só precisa lembrar-se que você é a água!

Algumas vezes isto pode ser difícil porque, em parte, você acabou se identificando com as pedras que bloqueiam sua energia:  
“Sou uma pessoa que não está bem ancorada na Terra; tenho dificuldade para me sentir à vontade aqui; trago tristezas e traumas do passado…” 
 Tudo isto é verdade, mas imagine, por um instante, que essas ideias são como pedras e pedregulhos dentro de um rio grande e largo – uma enorme correnteza de água.
 Porque é isto que você é; esta é a sua força vital verdadeira. É a sua alma que flui e flui, sempre ao longo do caminho – viva, borbulhante, correndo e rugindo, explorando e descobrindo. Esse fluxo não faz nenhum tipo de julgamento sobre as pedras que encontra; ele as engole.
 Você tem escolha!


É claro que de vez em quando você fica preso com sua consciência nesses bloqueios, quando começa a se identificar com eles durante muito tempo. Mas pode se desligar deles simplesmente experimentando ser como a água corrente.
 Lembre-se que você é uma alma-consciência viva, sempre se movendo e fluindo, e que não está presa a esses bloqueios… você é livre! Quanto mais você afasta sua consciência desses bloqueios – das pedras que se encontram aí – mais facilmente eles se rendem ao fluxo. Eles se rendem mais cedo porque você se desapega deles e se identifica com a água corrente. A água é a sua alma, e não pode ser detida. Sinta-a fluindo, movendo-se e cintilando. Imagine que ela o está lavando, e sinta a força borbulhante, a Luz que brilha nela. Sinta como, no fundo da sua alma, ela não é ameaçada pela escuridão que você vivencia; por aquelas pedras que parecem tão sólidas e inflexíveis. 
Sua alma não é perturbada de maneira nenhuma pelo que se encontra ali, porque sabe que as pedras pertencem a esse lugar; elas fazem parte da paisagem da vida. 
Quando estiver preso numa dessas “pedras”, tente ouvir a água passando. Lembre-se da água e da tranquilidade com que ela flui.

Você não tem que fazer tudo sozinho. A vida lhe proporciona infinitas oportunidades e possibilidades. Às vezes ela pode levá-lo a vales profundos e escuros, mas ela também o impulsiona de volta para cima, para a Luz. Mesmo quando você tem a sensação de que não é mais capaz de lutar, e não consegue ver como as coisas poderiam se resolver satisfatoriamente, a vida ainda o impulsiona. 
A arte de viver é preservar a confiança, mesmo quando parece não restar nada em que se possa confiar, e tudo que era certo para você desapareceu da sua vida.

Neste momento na Terra, muitas pessoas estão envolvidas no processo de lidar com a antiga escuridão; partes da alma estão vindo à Luz agora e desejam ser vistas. 
E por que está acontecendo isto? Porque o ser humano está dando um salto à frente. É realmente um salto na evolução da consciência da humanidade. Este salto não pode ser dado sem que você entre em contato com os lugares mais sombrios da sua consciência, aqueles que estão cheios de medo, falta de confiança ou de uma profunda tristeza em relação a tudo o que você vivenciou na Terra. Não tenha medo dessa escuridão – acolha-a! Quando você diz “sim” para a escuridão, ela começa a se liberar e fluir, e essa é a arte de viver esta vida
. E quando você sentir “eu realmente não consigo dizer sim para isto”, lembre-se que existe alguma coisa em você que ainda diz “sim”. É isto que vai salvá-lo e levá-lo adiante – confie na vida.


Eu amo todos vocês; vocês me são muito queridos. Talvez pensem “Como pode ser isso? Você não pode conhecer a todos nós pessoalmente”. Mas vocês, como seres humanos, não sabem o quanto a rede de almas é abrangente. 
Quando se conectam com outra pessoa a partir da alma, estabelece-se uma conexão permanente. Uma ligação assim forjada não se separa com o passar do tempo, porque na nossa dimensão não existe tempo. Existe uma rede viva conectando-nos como almas. Nós compartilhamos uma determinada história, um determinado desejo, uma chama que um dia foi acesa em nossas consciências. 
Com essa chama a Terra está gradualmente se iluminando. A consciência despertada em todas as pessoas nos une e cria uma nova fundação, sobre a qual o salto em consciência realmente ocorrerá. Vocês não precisam refletir sobre isto. 
Que cada um se mantenha em seu próprio processo, no seu próprio caminho – isto é suficiente. Sintam o poderoso impulso da vida, não apenas em si mesmos, mas em muitos outros, através dos quais a onda de consciência está inundando a Terra.

© Pamela Kribbe
www.jeshua.net

Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br


ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA ALEGRIA E DA CRIATIVIDADE




Queridos amigos,

Eu sou a voz da Terra. E saúdo todos vocês em alegria. Meu coração se aquece ao experienciar a presença de vocês e perceber como se abrem para mim.
 Desejo muito me conectar com vocês. Fomos destinados a nos desenvolvermos juntos e juntos caminharmos para um mundo novo e diferente.

Eu gostaria de levá-los de volta à origem da nossa conexão e cooperação mútua. Sou uma criatura viva. Sou um ser consciente que os recebeu aqui neste planeta em tempos muito remotos. Fui receptiva à chegada de vocês aqui na Terra e queria aprender e crescer através da sua presença. Vocês não são da Terra, vocês vêm das estrelas.
 Vocês carregam uma luz interior que é nova e inspiradora para a Terra e para todos os reinos da natureza daqui. Permitam que eu me explique.
Como planeta, eu absorvo luz do exterior.
A luz do Sol me aquece e me ajuda a criar vida neste planeta. Sou inspirada pela grande força do Sol e preciso dele para criar e sustentar a vida física na minha pele. O Sol é uma estrela. Vocês são representantes do Sol. Vocês carregam luz estelar dentro de suas almas e trazem esta luz para a Terra, quando nascem aqui.
Qual foi a razão da descida desta luz à Terra?
Qual a intenção por trás da vinda de vocês?
 Vocês estão aqui para trazerem a luz da consciência para mim e para todos os reinos da natureza. Vocês estão aqui para nos despertarem para a vida interior.
 Enquanto o Sol físico me ajuda a criar e sustentar a vida física na Terra, a luz estelar de vocês me ajuda a evoluir num nível interno, a crescer em consciência.
Como ilustração simples deste princípio, pensem no que acontece quando seguram uma flor nas mãos e olham para ela com respeito e admiração.
 Vocês enxergam a beleza primorosa da flor, sentem sua pureza, encantam-se com suas cores e desfrutam do seu perfume. A flor por si só não tem consciência da sua beleza; a flor está simplesmente sendo ela mesma.

 Mas, por causa da sua admiração, da sua presença, da sua consciência que a envolve, alguma coisa desperta no interior dela e ela começa a experienciar a si mesma como algo bonito e valioso. Ela aprecia a sua atenção e uma centelha de luz de alma desperta dentro dela.
Podem ver que as plantas e flores às quais vocês dão atenção consciente, simplesmente apreciando-as e cuidando delas, crescem mais abundantemente, têm mais energia vital e desenvolvem raízes mais fortes para dentro da terra. Vocês são criadores. Através dos seus pensamentos, intenções e autoconsciência, vocês são capazes de acrescentar força vital e poder criativo à natureza viva da Terra. Isto é exatamente o que a natureza deseja receber de vocês.
 Todos os reinos da natureza procuram crescer em autoconsciência, para alcançar as estrelas, fazer a conexão e absorver a luz estelar no seu interior.
Pensem nos animais que vocês mantêm dentro e ao redor das suas casas como animais de estimação. Muitos de vocês têm uma ligação especial com eles.
 Sempre que estabelecem um relacionamento íntimo com um animal, vocês recebem deles amor incondicional e lealdade.
 Entretanto, o animal também recebe uma coisa de vocês. O animal é tocado pela sua presença humana, e pelo tipo particular de consciência que pertence aos seres humanos.
 A presença de vocês acende uma centelha de consciência em seu ser e o ajuda a evoluir para uma autoconsciência maior.
Tudo no universo está crescendo e evoluindo em direção à autoconsciência. A autoconsciência aproxima o ser da percepção da sua própria divindade, da sua luz indestrutível e do seu poder criador. Tudo no universo cresce gradualmente para um estado de consciência em que percebe:
 “Eu sou parte de Deus. Eu mesmo sou Criador.”
 O propósito da criação é celebrar a sua divina capacidade de criar e de administrar essa capacidade com responsabilidade. 
Vocês são criadores e, como almas, vieram à Terra para aprenderem a lidar com seus poderes criativos de um modo consciente e responsável.
 Como criadores, vocês devem contribuir com a minha evolução e inspirar os reinos da natureza que, por sua vez, lhes oferecem muitos serviços e bênçãos nos níveis material e etérico. Quando se olha para a condição atual deste planeta, é difícil perceber que houve uma intenção original de cooperação mútua entre vocês e o planeta.

As coisas não aconteceram como planejadas e muitos diriam que deu tudo errado. Neste momento, entretanto, peço-lhes que se lembrem da emoção original que sentiram ao embarcarem nesta aventura em conjunto.
 Sua intenção amorosa ainda está viva em seus corações, mesmo se olharem à sua volta e notarem que a humanidade tem usado seus poderes criativos imprudentemente e tem prejudicado a Terra por causa disso. Pode-se dizer que humanidade se desviou do seu caminho, pegou um atalho.
Originalmente vocês desceram à Terra, vindos de uma grande fonte de Luz, como anjos-crianças. Vocês eram inocentes e puros, mas à medida que sua jornada progrediu, vocês se extraviaram. A humanidade chegou num ponto em que se recusou a cooperar com as forças da natureza e, em vez disso, colocou-se em oposição à natureza. Então a humanidade perdeu sua conexão e suas raízes no grande todo. Devido ao medo, as pessoas procuraram adquirir poder sobre os outros e sobre a natureza, de modo a assegurarem um lugar para si mesmas na Terra.

 Pode-se dizer que houve uma queda do Paraíso, pois onde vocês originalmente pretendiam servir a vida na Terra, nutri-la e inspirá-la com seus poderes criativos, vocês estavam experienciando o oposto. No presente, vocês vêem o que acontece quando a natureza não é mais reconhecida como um ser vivente, um parceiro na criação.
A falta de respeito da humanidade pela natureza e o planeta entristece profundamente muitos de vocês que estão lendo isto.
 Também há uma tristeza em mim devido a tudo isso que aconteceu. Os reinos da natureza – animal, vegetal e mineral – absorveram parte da escuridão e negatividade difundidas pela humanidade.
 Eles vivenciaram, a seu próprio modo, uma sensação de abandono, uma quebra no sentido de unidade que a tudo permeava.

Entretanto, no fundo do meu coração, existe amor e compaixão permanentes por todos vocês, e lhes peço que também sintam compaixão por si mesmos e por toda a humanidade. Vocês estão envolvidos num grande processo de aprendizado.
 Em qualquer processo como esse, é inevitável que se cometam erros. Tomar desvios e embarcar em becos-sem-saída faz parte do crescimento e aprendizado.
Nesta era, a consciência coletiva da humanidade está mudando.
 Hoje em dia, existem cada vez mais pessoas que carregam em seus corações a lembrança da ligação original entre o homem e a natureza. Elas têm uma consciência silenciosa da verdadeira e abençoada relação que os seres humanos deviam ter comigo, seu planeta-lar. Sintam novamente como vocês estão profundamente conectados com o meu ser.
Eu os amo tanto! Vocês são meus anjos de luz, e a minha confiança em vocês ainda não esmaeceu. Eu lhes peço que me reconheçam e permitam que a minha energia jorre através de vocês novamente.
 Sou um parceiro vivo, que caminha ao lado de vocês, no seu caminho de encarnação na Terra. Conectando-se mais intimamente comigo, ancorando-se mais na Terra, vocês permitem que sua luz estelar penetre mais profundamente o reino material.
 Vocês a deixam brilhar e irradiar, e isto trará as mudanças que são tão desesperadamente necessárias na Terra, neste momento.
 Conectando-se comigo, de coração, o Eu Verdadeiro de cada um de vocês se manifestará. Cada ser humano tem uma contribuição única para oferecer nesta grande aventura. Sua dádiva única me inspira, acrescenta força vital à natureza e inspira outras pessoas também.


O QUE É ANCORAR-SE NA TERRA [“GROUNDING”]?
 
Eu gostaria de falar mais alguma coisa sobre o significado de se ancorar na Terra [“grounding’]. O que significa estar conectado com a Terra, estar ancorado na Terra? Estar ancorado na Terra significa estar presente no seu corpo, ser capaz de sentir seu corpo de dentro para fora, sentindo o fluxo da vida em cada parte, desde o seu coração até os dedos dos seus pés e das suas mãos.
Verifique se você consegue experienciar esse fluxo. Consegue simplesmente sentir as pontas dos dedos das suas mãos neste momento? E os dedos dos seus pés? Consegue sentir a vida dentro deles?
Estar ancorado na Terra quer dizer que você ancora a sua luz estelar, a luz da sua alma profundamente na matéria. A parte do mundo material que está mais perto de você é o seu corpo. As células e moléculas do seu corpo estão abertas para receberem a sua luz, a sua alma.
 Você é o Sol para o seu próprio corpo. Sua consciência faz com que seu corpo esteja vivo e dota-o de poder curativo, força vital e vitalidade.
A ancoragem da sua alma no seu corpo lhe dá força para realizar os seus desejos verdadeiros na vida, estar consciente do seu poder criativo.
Quanto mais você a ancorar no seu corpo, mais verdadeiramente você encarnará na Terra e criará, na sua vida, as mudanças que você tanto deseja.
Quando está ancorado na Terra, você se sente lúcido e sereno; está aberto para a inspiração e, ao mesmo tempo, está conectado com tudo o que acontece ao seu redor na sua vida cotidiana. Estar ancorado na Terra significa fazer a ponte entre o Cosmos e a Terra, sentindo essa conexão.
Muitos de vocês carregam a luz da sua alma na parte superior do seu corpo, ao redor do coração e da cabeça. Acham difícil deixá-la descer verdadeiramente para a parte inferior do corpo, para o ventre, pernas e pés.
 Um dos motivos desta dificuldade é o temor que vocês têm da sua própria grandeza. Vocês têm medo de serem os anjos e estrelas radiantes que são e de fazerem uma diferença no mundo. Este medo é antigo, suas raízes se estendem para muito além desta vida.
 No passado, vocês encarnaram muitas vezes na Terra e várias vezes sentiram que não eram bem-vindos. Todos vocês estão no processo de cura dessa antiga dor.
Vou lhes sugerir duas formas de se ancorarem na Terra e sentirem que são realmente bem-vindos aqui, na sua grandiosidade, no seu poder criativo e na sua divindade.


ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA ALEGRIA


A primeira maneira é através do prazer. Vocês realmente não estão acostumados à alegria, ao prazer, ao deleite. Deleitar-se com o quê? Com tudo o que pode ser experienciado na Terra. Seus corpos oferecem várias possibilidades de alegria e prazer, mas muitas delas foram consideradas pecaminosas ou inferiores na sua cultura. Apreciar os movimentos do corpo, o sol na sua pele, o ato de comer, de beber, o toque carinhoso de outra pessoa – ser capaz de apreciar isto tem a ver com ser capaz de receber verdadeiramente.
 Por que isto é tão difícil para vocês?
Muitos de vocês sentem que há algo de errado consigo, que não é do jeito que devia ser. Sente que precisa conquistar algumas coisas e trabalhar duro para ser reconhecido e apreciado. Esta é uma idéia boba, do ponto de vista da natureza. Vocês já viram algum animal selvagem trabalhar duro para obter o reconhecimento dos outros?
 Não, o animal simplesmente é e assume que tem o direito de ser, sem se preocupar em ter que merecer isso. Ele é capaz de aproveitar sem reservas o sol, a comida, um banho, as estações e os ritmos naturais da vida.
Cada um de vocês está convidado a receber e experienciar a si próprio como um Ser Divino a quem é permitido receber simplesmente por ser quem é. Está convidado a aproveitar as coisas simples que a vida num corpo pode lhe oferecer.
 Receber parece ser tão fácil, mas não é. Exige um nível profundo de auto-estima, um reconhecimento e apreciação profundos de quem você é.
Atreva-se a atingir esse nível de auto-estima. Escolha um momento a cada dia para se perguntar o que você pode fazer para si mesmo, nesse instante, que verdadeiramente lhe dê prazer e realização; o que você realmente gostaria de ter e fazer. E então o faça. Faça-o por você, porque você se respeita e porque está aqui no planeta para se alegrar e viver prazerosamente.
Quando você se deleita verdadeiramente, seja com o que for, sem culpa nem vergonha, você está ancorado na Terra. Não existe nenhum pensamento do passado nem do futuro. Deleitar-se é estar no agora, totalmente ancorado na Terra.


ANCORANDO-SE NA TERRA ATRAVÉS DA CRIATIVIDADE

Existe um outro modo de ficar mais firmemente conectado com a Terra, mais ancorado na Terra. É através da criatividade. É para isto que vocês foram feitos.
 Todo ser humano tem um desejo natural de se expressar, de se manifestar no mundo. Isto não tem nada a ver com a conquista da fama ou sucesso na sociedade. Tem a ver com encontrar uma forma de se expressar que lhe dê uma satisfação real.
Pode ser que constituir uma família e criar os filhos o satisfaça profundamente, ou pode ser que liderar uma empresa o inspire. Talvez cuidar de animais seja o desejo do seu coração, ou pode ser que expressar um determinado tipo de arte lhe pareça natural.
 Toda alma anseia por se expressar de algum modo. No momento em que você responde a esse anseio, você se sente realizado.
 No momento em que você permite que a sua criatividade interna, natural, se desenvolva, você sente: “sim, isto sou eu, é assim que a minha energia deseja fluir”.
Nesse momento, sua alma se conecta com o coração da Terra, o coração desta realidade. É importante descobrir o que você deseja verdadeiramente na sua vida e criar espaço para que a criatividade flua no seu interior. É aí que a sua Essência Divina toca a Terra e encontra a forma material.
Agora, eu gostaria de enfatizar que todo ser humano realmente deveria lutar um pouco mais para realizar esse desejo interior.

Muitas vezes você reprime o impulso de fazer o que seu coração deseja.  Muitas vezes você se preocupa com “como deveria se comportar”, com o que se espera de você, com seus deveres e responsabilidades. Deste jeito você não vai encontrar a chave para o desenvolvimento do seu poder criativo. Seu poder criativo fala com você através do seu ventre, das suas vísceras.
 Ele não está preocupado com todas as regras limitadoras e obrigações que você assumiu. Liberte-se disso! Sinta a fonte de fogo e paixão jorrando do seu ventre e deixe-a fluir livremente.
 Centelhas de luz encontrarão o caminho do seu ventre para o seu coração, do seu interior para o exterior, e expressarão você na Terra, no seu modo particular e original. Você verá que a sua criatividade tocará outras pessoas e fará com que elas se alegrem e se inspirem.
Seguir a sua paixão e desejo tem um efeito muito mais positivo no mundo do que fazer virtuosamente o que lhe foi ordenado e forçar-se a se submeter a regras e estruturas limitadoras. 
Este é um tempo de mudanças; é o momento de ser corajoso e assumir riscos, de ouvir a voz do seu coração e agir de acordo com ela em todas as áreas da sua vida. Entregando-se à orientação do seu coração, você aprofunda suas raízes na Terra e começa a sentir que a vida aqui realmente vale a pena ser vivida.

FECHANDO O CÍRCULO

O primeiro modo de se ancorar na Terra é se deleitar e receber. Este é um fluxo direcionado para dentro. O segundo modo é um fluxo direcionado para fora: criar e doar. Ao criar a partir do coração, você se doa para o mundo. Juntas, as ações de receber e doar, deleitar-se e criar completam um círculo. Este é um círculo curador.
Quanto mais você se atrever a se deleitar e achar que merece receber, mais você se conectará com a sua inspiração natural, a energia que você deve compartilhar com o mundo. E à medida que esse fluxo de inspiração se tornar mais forte e encontrar uma forma criativa no mundo, mais você se deleitará com o amor e a alegria que brotarão no seu caminho. Os fluxos de dar e receber, criar e deleitar-se, reforçam-se mutuamente. 
Eu, a Terra, sou beneficiada com esse círculo de receber e doar. Nesse círculo fluido e dinâmico, estou trabalhando com cada um de vocês. É meu desejo nutrir e estimular o seu poder criativo, esta centelha única em você.
O ser humano que tiver desenvolvido a capacidade de se deleitar e criar, entrará naturalmente numa conexão diferente com a Terra. Estará consciente da sua própria grandiosidade, da sua natureza divina, e justamente por esta razão, compreenderá também que é sustentado e carregado por uma força de Vida que conecta todos os seres.
 A vivência da sua própria grandiosidade está associada com uma sensação de pequenez, da percepção de como você está encaixado na grande rede da vida que o mantém. O ser humano que honra e respeita a si mesmo, naturalmente coopera com o ambiente em que vive, com outros seres humanos, animais, plantas e com toda a natureza. O reconhecimento da sua própria grandiosidade vem acompanhado do reconhecimento do seu lugar no todo maior, e da alegria que vem do papel que você desempenha dentro dela.

UMA JORNADA PARA A NOVA TERRA

Para encerrar, eu gostaria de pedir a todos vocês que viajem comigo para o futuro, para uma nova Terra. Imaginem que a evolução que estamos vivenciando juntos progrediu um pouco mais. Eu estou evoluindo para uma autoconsciência mais expandida. Esta nova percepção foi despertada em mim, impelida tanto pelos bons quanto pelos maus momentos na Terra. Estou ficando mais autoconsciente e mais criativa na minha existência. Existe um anseio no meu coração por uma realidade em que a humanidade e a Terra restabeleçam sua ligação original de amor e companheirismo. Uma nova Terra na qual nós cooperemos alegremente e eu seja novamente inspirada pelo amor e atenção de vocês, e ao mesmo tempo, lhes ofereça tudo que precisam enquanto vivem num corpo físico e sintonizados com o ritmo da natureza.
Imaginem esta nova Terra, pela qual todos vocês tanto anseiam, presente no momento atual. Nos nossos corações, ela já vive como uma semente. Vamos nutrir essa semente com consciência e fazer com que ela germine na nossa imaginação. Peço a cada um de vocês que se veja vivendo nessa nova Terra. Qual é a primeira coisa que você nota? Os seres humanos estão vivendo em harmonia com a natureza aqui. A tecnologia é usada para apoiar a natureza em vez de manipulá-la. Veja se consegue encontrar uma casa para você nesta nova Terra. Existe um lugar e uma comunidade aqui que vai fazer você se sentir em casa. Deixe a sua imaginação guiá-lo, e não sinta nenhuma restrição. Onde você mora nessa nova Terra. Você consegue encontrar um ambiente natural no qual se sinta confortável? Sinta o clima, sinta a facilidade e simplicidade da vida aqui. A vida é simples e pura, como deve ser.
Agora, observe qual é o tipo de trabalho que você faz. Trabalho quer dizer alguma coisa que o inspira e lhe dá uma sensação de realização. O que você está fazendo? Provavelmente você mora numa pequena comunidade de espíritos afins e faz exatamente o que sua alma o inspira a fazer. Qual é a forma que a sua criatividade toma?
Quando vir e sentir isso, saiba que sua alma está falando com você no presente. O que você está vendo é algo que deseja fazer neste momento, e é algo que você pode fazer neste momento, se simplesmente confiar e ousar ser quem é. Este é o trabalho do seu coração.
Agora, nesta imaginação da nova Terra, sinta também o que é que você verdadeiramente aprecia. Deixe o seu olho interno lhe mostrar uma situação na qual você está realmente se alegrando e recebendo alguma coisa que a Terra tem para lhe oferecer. Permita que a imagem disso surja espontaneamente na sua mente. O que é que o faz sentir verdadeiramente que tudo está bem e que você está satisfeito?
Sinta o fluxo de dar e receber nesse lugar, nessa nova realidade. E se agarre a ele, quando voltar para o presente.
A Terra está num estágio de transição e quanto mais as pessoas se lembrarem qual é a inspiração delas, o que elas têm para dar e receber aqui, mais cedo a nova Terra se tornará uma realidade. São vocês que vão gerar esta nova realidade. Eu lhes agradeço por isto e me alegro na presença de vocês.
 
© Pamela Kribbe 2010

www.jeshua.net
 
Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
Revisão: Luiz Corrêa

Sexualidade e Espiritualidade



Queridos amigos,
Eu me alegro por estar com vocês outra vez. Quando Eu os vejo, não os vejo tanto como os corpos físicos que vocês vêem no espelho. É o seu interior que eu sinto e vejo: os movimentos internos dos seus pensamentos, sentimentos e emoções. Estou aqui para ampará-los na sua jornada.
Há um assunto que Eu gostaria de discutir aqui hoje, que tem tido grande impacto sobre vocês, através da sua história na Terra. É sobre a sexualidade e como ela é vivenciada por homens e mulheres.
Este não é um tema fácil. A sexualidade tem sido carregada com muitos julgamentos, medos e emoções. Praticamente não existe mais nenhum aspecto dela que seja espontâneo e auto-evidente. Isto é o mesmo que dizer que o aspecto inocente da sexualidade, o aspecto da criança inocente que explora livremente, se perdeu. Vocês ficam cheios de medo e tensão, quando se trata de expressarem-se sexualmente.
Eu quero falar desse peso nesta canalização, mas primeiro Eu gostaria de falar um pouco sobre o que a sexualidade significa do ponto de vista espiritual.
A sexualidade é a dança conjunta das energias masculina e feminina. Originalmente, a sexualidade é mais do que um ato físico. Ela devia ser uma dança na qual todos os níveis ou aspectos do casal participassem.
Eu vou distinguir quatro níveis ou aspectos que poderiam tomar parte nessa dança de energias.


QUATRO ASPECTOS DA EXPERIÊNCIA SEXUAL

Primeiro, há o nível físico, o aspecto do corpo físico.
O corpo é inocente. O corpo conhece o desejo sexual e a sensualidade – isto é algo que está presente espontaneamente dentro do corpo. O corpo busca a satisfação dos seus desejos, e é o ser humano, ou a consciência da alma no ser humano, que determina o modo como o desejo sexual se aplica e se manifesta. Mais uma vez, o corpo é inocente.
Ele conhece sensualidade e desejo. Não há nada de errado nisso. Isso pode ser uma fonte de divertimento, alegria e prazer. Mas o corpo, por si só, não pode escolher de que forma ele vai expressar a sua energia sexual. É você – o ser humano – que está a cargo disso, e o corpo precisa do seu comando.
Quando você quer experienciar a sexualidade da forma mais amorosa, o ponto de comando reside no coração. Quando você deixa que o seu coração se encarregue da sua energia sexual, ele encontra a sua expressão mais prazerosa.
A outra alternativa é deixar os seus pensamentos (julgamentos) ou as suas emoções governarem o fluxo sexual, e você vai ver que isto causa vários bloqueios na sua energia.
 Mas falarei disto mais adiante.

O segundo aspecto da dança sexual que eu gostaria de distinguir é o nível emocional. A união sexual é um ato profundamente emocional. Se você ignora este aspecto, você não está completamente presente no ato e você se fecha para o verdadeiro significado da sexualidade.
Em uma canalização anterior, chamada “Lidando com as emoções”, nós nos estendemos bastante nesta questão das emoções. Nós citamos as poderosas emoções de medo, raiva e tristeza e discutimos como elas podem tirá-los do seu centro.
Quando qualquer uma destas emoções poderosas está em ação num relacionamento entre duas pessoas e não é reconhecida e definida conscientemente, ela virá à tona quando estas pessoas estiverem intimamente unidas. Essas emoções podem causar reações psicológicas de resistência ou fechamento, quando elas estiverem em intimidade física, ou o corpo delas pode ficar incapacitado de sentir prazer ou excitação.
Sempre que existem esse bloqueios psicológicos ou físicos, é importante lidar com eles no nível em que eles se originaram: o nível emocional.
 Quando você tenta eliminar os sintomas físicos sem olhar para a dinâmica emocional por trás deles, você está desrespeitando a si mesmo e o seu corpo. Quando o corpo resiste à intimidade, ele lhe envia uma mensagem, pura e clara, de que existe um bloqueio emocional. Isso pode ser devido a um problema entre você e seu parceiro(a), ou pode ser uma ferida emocional que você traz consigo de uma vida passada.

 O que quer que seja, isso precisa ser definido e cuidado de uma forma gentil e amorosa, antes que a energia sexual possa fluir livremente.
Depois do nível emocional, vem o nível do coração, que é a sede do sentimento.
Na mesma canalização que Eu mencionei (“Lidando com as emoções”), nós fizemos uma distinção entre emoções e sentimentos.
 Os sentimentos pertencem ao domínio da intuição e conhecimento interior. O seu lado sentimental fala com você através de sussurros silenciosos, repletos de sabedoria e compaixão. As emoções são de natureza mais dramática e nós as chamamos de “reações de mal-entendimento”, porque isso é o que elas são em essência: explosões de não entender o que está acontecendo com você (veja a canalização citada, para mais esclarecimento).
Quando o coração se abre entre os parceiros sexuais, existe confiança, amor e segurança entre eles. Quando o coração está presente num encontro sexual, ambos permitem que a intuição observe o que está acontecendo entre eles quando eles estão em intimidade física. Os parceiros não escondem suas emoções, eles falam abertamente sobre elas.
Antigas dores podem vir à tona e são aceitas como tal. Cada um é aceito como é e esse tipo de aceitação é o maior poder curativo que existe. Quando você conecta a energia do seu coração com a sua energia sexual, pode haver uma grande cura numa área que está muito necessitada disso.
Entretanto, o coração também pode sutilmente impedi-lo de experienciar a sexualidade numa forma alegre e amorosa.
O coração pode ter se fechado para o prazer da sexualidade por diferentes razões.
Primeiro, pode haver um desejo no coração de se elevar acima da realidade física da Terra. Segundo, pode haver dogmas religiosos em ação para impedir o coração de se abrir para o que a sexualidade realmente é.
Falarei dessas duas questões agora.
O coração pode ter uma forte inclinação a se elevar acima do plano denso da realidade material. É uma espécie de saudade.
 Pode haver um desejo de unidade ali, que absolutamente não está voltado à união sexual, mas traz consigo uma sutil rejeição ao reino terrestre (e à sexualidade também).
Muitos de vocês conhecem o desejo de transcender a realidade.
 Muitos de vocês se lembram da energia de amor e harmonia que vocês experienciaram nos reinos não-materiais, antes de encarnarem na Terra. Seu coração chora pela tranqüilidade e suavidade dessa vibração. Vocês tentam beber dessa energia, quando vocês meditam.
Geralmente os chakras superiores (do coração, da garganta, terceiro olho e chakra da coroa) são ativados dessa maneira. Eles se abrem, enquanto os chakras inferiores (plexo solar, umbigo e cóccix), que são mais vitais para o seu eu terreno, são mais ou menos abandonados.
Isso também acontece, de uma forma menos natural,  quando se tomam drogas.
 Quando uma pessoa toma uma substância para expandir a mente, seus chakras superiores são escancarados artificialmente e ela pode experimentar um êxtase e bem-aventurança temporários, que a faz esquecer-se dos aspectos densos e pesados da realidade terrena.
Embora o desejo e a ânsia de transcender seja compreensível, é importante fazer as pazes com a realidade terrena. Do contrário você cria uma separação artificial entre as partes superior e inferior do seu campo energético.
Você dá preferência a estar com a sua consciência na parte superior da sua aura, e faz crescer uma resistência sutil ou aberta à realidade do corpo, às emoções e à sexualidade. Isso cria um desequilíbrio no seu campo energético.

Quando você estiver com essa saudade, tente perceber a razão e o propósito de você estar na Terra neste momento. Seu motivo para estar aqui não é transcender a Terra, mas trazer o Lar aqui para baixo, para a Terra. Esta é uma jornada sagrada.
A segunda razão para o coração se intimidar diante da sexualidade são os dogmas religiosos, geralmente de vidas passadas. Você pode ter tido vidas nas quais fez votos de castidade ou nas quais lhe ensinaram a sentir vergonha ou culpa a respeito do prazeres do corpo e da sexualidade.
 Estas energias ainda podem estar presentes no seu coração. Por causa disso, você pode ter julgamentos negativos ou uma sutil resistência à intimidade física. Estes julgamentos e sentimentos não se fundamentam na verdade. Mais uma vez, Eu quero dizer que o corpo em si é inocente.
Prazer, desejo e simplesmente todos os processos físicos que os fazem ansiar pela união sexual, são processos naturais e saudáveis.
Os desequilíbrios que ocorrem na área da sexualidade são quase sempre devidos a níveis não-físicos, dos quais Eu acabo de descrever dois.
O quarto e último nível é o aspecto da mente. No nível da mente, pode haver crenças morais ou espirituais que o impedem de aproveitar a sexualidade.
 A maioria dessas crenças é de natureza religiosa.
No nível espiritual, você pode sentir que o corpo físico é uma espécie de prisão. Essa realidade não-física dos “reinos mais elevados” (como vocês o chamam, não Eu) é tão valorizada, que a realidade é menosprezada. Isto acontece freqüentemente entre os Trabalhadores da Luz.
 Especialmente entre eles, freqüentemente há uma resistência ao prazer e alegria que a sexualidade pode oferecer. Isto vem, em parte, das crenças religiosas e morais, e em parte da simples inexperiência neste aspecto da vida.
 Muitos Trabalhadores da Luz passaram muitas vidas como padres, freiras, ou em papéis similares, afastados da comunidade, sem um parceiro(a) nem uma família.
Eles se concentraram tanto na espiritualidade, que a área da sexualidade foi negligenciada.
 Assim, no nível mental ou espiritual, pode inclusive haver uma falta de hábito que os impede de explorar a energia sexual.

Geralmente as pessoas religiosas têm uma falta de respeito pelo corpo na sua expressão natural. Isto é verdadeiramente lamentável, pois, do nosso lado, a expressão na matéria é vista como o caminho mais sagrado que a alma pode tomar. Semear e ceifar as sementes da sua dignidade tão longe de casa, na realidade da forma, é uma incumbência sagrada.
 É um ato divino, criativo, da mais alta ordem.
Talvez, em algum momento, você tenha presenciado a morte de alguém ou testemunhado o nascimento de uma criança. Nesses momentos, as almas entram ou abandonam a dança com a matéria. Esses dois instantes são cercados de uma atmosfera de sacralidade.
 Pode-se sentir isso como um silêncio profundo, envolvente, repleto de honra, que anuncia a vinda ou a partida de uma alma.
 Portanto, do nosso lado do véu, existe o mais profundo respeito pelo que vocês fazem nesses momentos. A dança com a matéria é sagrada. E vocês a detestam, tão freqüentemente!
A sexualidade, no seu verdadeiro sentido, é a dança na matéria que, ao mesmo tempo, se eleva sobre a matéria. Em uma manifestação sexual equilibrada, vocês transcendem a realidade material, sem ignorar ou reprimi-la, sem abandonar os três chakras inferiores e buscando o êxtase através dos seus chakras superiores. A sexualidade completa integra todos os níveis do seu ser.
 A sexualidade faz o papel de ponte sobre o abismo entre a matéria e o espírito.

Quando duas pessoas estão em intimidade física de uma forma amorosa, todas as células dos seus corpos vibram um pouco mais rápido… elas começam a dançar um pouco. Abre-se um portal para uma realidade energética de uma vibração ligeiramente mais alta e para um sentimento mais suave. Depois de uma relação sexual em que participa a totalidade do seu ser e a do seu parceiro(a) – corpo, mente e alma – vocês se sentem em paz e felizes ao mesmo tempo.
 Há um êxtase silencioso. As células dos seus corpo experimentaram a energia do amor e, nesse momento, trouxeram a realidade do Amor para mais perto de vocês. Vocês canalizaram a energia divina do Amor que deseja tão carinhosamente fluir através de vocês e que tem simplesmente o maior respeito pela sua natureza sexual.
Quando a energia de todos os quatro níveis fluem juntas durante uma relação sexual, esta é um ato de criação divina. É simplesmente natural que crianças nasçam de um ato desses.
 Quando a dança do masculino e feminino é realizada desse modo tão prazeroso, ela só pode gerar coisas boas e agradáveis.
Quando uma criança é concebida deste modo, ela entra no reino terreno através de um escorregador de amor e luz. Esta é a acolhida mais amorosa que uma alma pode ter na Terra.
Pelo fato da energia sexual ser tão preciosa, nós lhes pedimos: por favor lidem respeitosamente com a sua sexualidade. Quando houver problemas, medos ou tensões ao redor dela, não julguem a sexualidade em si mesma, nem desistam dela, pois ela é uma parte natural de vocês, e uma parte sagrada.


PROBLEMAS SEXUAIS E A BATALHA DOS SEXOS

Eu gostaria de entrar um pouco na história da sexualidade e depois falar alguma coisa sobre os problemas específicos que as mulheres e os homens vivenciam hoje em dia, na expressão pessoal da sua sexualidade.
Muitas coisas têm acontecido nessa área.
 Em essência, a sexualidade carrega um grande potencial de luz, mas por causa disso, também existe a potencialidade de um grande abuso. A história da qual quero falar é a da luta de poder entre homens e mulheres. Essa história é antiga e, na verdade, começou na época em que os impérios extra-terrestres, galácticos, começaram a interferir na vida da Terra (veja um relato detalhado desse processo na “Série Trabalhadores da Luz”, no site www.jeshua.net/por).
 Antes disso, a Terra era uma espécie de paraíso, o Jardim do Éden, onde prevaleciam a beleza e a inocência.
 Não vamos discutir essa era aqui, mas simplesmente observar que vocês estão na fase final de uma luta de poder, que é muito mais antiga do que os 5000 anos dos seus registros históricos. 
Na última etapa dessa história, os homens desempenharam claramente o papel de agressores e opressores. Mas nem sempre foi assim.

 Houve um tempo em que a mulher era muito mais poderosa, tanto na vida pública, quanto na vida privada. Ela também oprimiu a energia masculina de forma cruel e sádica.
Vocês sabem que a mulher não é naturalmente o sexo oprimido ou subjugado, e nem o sexo mais amoroso. O estereótipo da mulher doce mas indefesa e do homem forte mas insensível está mais relacionado com a última fase da história que acabo de mencionar, do que com o homem e a mulher propriamente ditos.
Houve épocas, anteriores às dos seus registros históricos, nas quais as sociedades matriarcais eram vistas como um padrão.
 Nessas épocas, as mulheres também usaram sua energia de uma forma destrutiva, desrespeitando a força vital e a criatividade de todo ser humano. Houve um tempo em que a mulher tinha poder sobre o homem. As mulheres controlavam e manipulavam os homens, usando os poderes da emoção e intuição, com os quais elas têm uma afinidade natural.
Elas também usavam suas habilidades psíquicas para controlar os homens. Havia, por exemplo, sacrifícios e rituais, onde homens eram torturados e mortos.
Quero enfatizar este aspecto, porque a sua história oficial pinta um quadro unilateral da relação entre homem e mulher. A opressão da mulher pelo homem foi evidente durante todo o período coberto pelos seus registros históricos. Mas o rancor e o ódio que os homens apresentaram (e ainda podem apresentar) contra as mulheres não veio do nada. Além das tradições e hábitos culturais que os influenciam, há também profundas feridas emocionais na alma masculina coletiva, que vêm de uma era muito mais antiga.
Sem entrar em detalhes sobre essa era, Eu gostaria de convidá-los a sentirem por si mesmos se é possível que vocês tenham experienciado isto. Para as mulheres, a pergunta é: “Vocês podem imaginar que um dia vocês exerceram poder sobre os homens e tentaram, com sucesso, controlar a energia deles?” E para os homens a pergunta é: “Vocês podem imaginar que isto aconteceu em larga escala e que vocês eram o ‘sexo fraco’?” Ao fazerem esta pergunta internamente, a si mesmos, talvez vocês recebam algumas imagens ou fantasias. Deixem a sua intuição mostrá-las para vocês e observem as emoções que vêm à tona. Isto pode ser surpreendente.
O ódio e o ressentimento surgiram na alma coletiva masculina por causa desta antiga história. Isso manifestou-se na opressão da energia feminina na área da política, mas também na área da religião, particularmente através da Igreja.

 A idéia de que a sexualidade é pecaminosa ou, no máximo, um mal necessário, é uma linha de pensamento masculina que foi influenciada pelo ódio e ressentimento, que resultaram da repressão masculina em uma outra era. Nessa época, a sexualidade masculina era considerada um instrumento de procriação, sem respeitar a parte sentimental do homem, nem os laços entre um pai e seus filhos.
 Freqüentemente os filhos eram criados pela mãe, separados do pai, e praticamente nenhuma atenção era dada ao que o pai pensava ou queria.
 Os valores importantes eram transmitidos pela figura da mãe, e a inferioridade dos homens era um desses valores. O homem era mais um “burro de carga” do que um parceiro em igualdade de condições.
Além da Igreja ser um baluarte da energia masculina frustrada, o mundo da ciência também apresenta hostilidade em relação à energia feminina.
 Embora a ciência e a religião sejam, em muitos aspectos, inimigos naturais, elas estão unidas na resistência ao aspecto intuitivo e fluente da energia feminina.
Os dogmas da Igreja são rígidos e sufocantes, mas os métodos científicos também são limitadores, de uma outra forma. Embora o ímpeto por trás da ciência moderna tenha sido esclarecedor e inovador (no desejo de destronar a falsa autoridade), ela ficou emperrada em um tipo mesquinho de pensamento racional, que não permite a participação da energia feminina.

 O pensamento científico é analítico e lógico, mas não se abre suficientemente para a imaginação e para as fontes extra-sensoriais (intuitivas) de observação.
 No entanto, a aversão que muitos cientistas sentem pelo “paranormal” e por tudo que não pode ser explicado racionalmente, em parte se deve a uma lembrança que a alma tem da dor e da humilhação, e que vem de um tempo em que as mulheres abusaram dos poderes psíquicos, utilizando-os contra eles como um instrumento de manipulação.
Estou falando desta história antiga porque Eu gostaria de deixar claro que, na “batalha dos sexos”, em última análise, não existem vilões nem vítimas, não existem “bonzinhos e malvados”, porque todos vocês foram ambos. Foi uma luta entre as energias masculina e feminina, na qual essas energias se tornaram opostas, embora originalmente elas fossem complementares uma à outra.
Nos dias de hoje e nesta era, os homens e as mulheres estão sendo convidados a unirem suas forças outra vez e a re-encontrarem a alegria e a dignidade da dança original do feminino e masculino.
Essencialmente, a energia feminina guia e inspira, enquanto a energia masculina serve e protege.
 A energia feminina é a inspiração por trás de qualquer criação; o aspecto masculino cuida da manifestação na forma e na ação. Ambas as energias trabalham através de todo ser humano, através de todo indivíduo, seja ele masculino ou feminino.
Não é realmente relevante se você é um homem ou uma mulher; o que conta é o equilíbrio e o relacionamento entre as duas energias dentro de você.


BLOQUEIOS NA SEXUALIDADE FEMININA

Agora Eu falarei sobre os bloqueios de energia na área da sexualidade, que se aplicam especificamente às mulheres e aos homens. Nas mulheres, a área dos dois primeiros chakras (do cóccix e do umbigo) foram as mais danificadas e feridas, como resultado da opressão e violência sexual de séculos.
 Durante um bom milênio, as mulheres estiveram enquadradas dentro de um papel de subserviência em quase todas as áreas da sociedade, e isto ainda acontece em muitos lugares da Terra.
Em relação à sexualidade, essa desigualdade manifestou-se como rapto, estupro, agressão e humilhação em larga escala. Como resultado disto, muitas mulheres – na verdade, a alma feminina coletiva – sofreram incrivelmente. Existem profundas feridas emocionais, que precisam de tempo, amor e um extremo cuidado para serem curadas.
Freqüentemente, as mulheres sentem a atração pela união sexual como um desejo do coração, ou como um sentimento espiritual.

Mas, durante a intimidade física, pode ser que elas não consigam expressar livremente a sua sexualidade, devido aos bloqueios de energia no primeiro e segundo chakras. Nesses centros, existem lembranças (da alma) da sexualidade que lhes foi impingida e que as humilhou. Essas experiências foram tão dolorosas, que a mulher retirou a sua energia e a sua consciência da área do abdome. E agora, quando essa área é tocada novamente de uma forma sexual, os músculos instintivamente se enrijecem ou o corpo emocional automaticamente sinaliza uma resistência. As células físicas estão conscientes do trauma e não aceitam tão facilmente o convite para dançar.

Elas querem se fechar e criar uma barreira, para proteger a mulher contra mais agressão. Esta reação é totalmente compreensível e sempre se deveria lidar com ela da maneira mais respeitosa.
O uso de qualquer tipo de força para tirar essa resistência é uma forma de violentar novamente esses centros feridos.
Se você, como mulher, tiver essas emoções, é muito importante tornar-se completamente consciente dela: pode haver raiva, resistência ou medo em relação à intimidade física.
E todas essas emoções são mais antigas do que o relacionamento em que você está envolvida; inclusive mais antigas do que esta sua vida. Pode haver traumas muito antigos, nesses chakras inferiores, que causaram cicatrizes emocionais profundas. 
Se você é uma daquelas mulheres que reconhecem essa dor, Eu gostaria de aconselhá-la a se familiarizar com suas vidas passadas, nas quais você foi o ofensor ou agressor (como o oposto da vítima). Ou, caso tenha dificuldade para acessar vidas passadas, a entrar em contato com a “energia da mulher agressiva e poderosa” que existe dentro de você. Isto pode parecer muito estranho, mas a razão é a seguinte: se você foi vítima de violência sexual, isto criou muita raiva no seu campo de energia.
 Pode haver raiva lá de muitas vidas passadas. Essa raiva bloqueia você e a mantém presa num sentimento de impotência e na sensação de ser uma vítima.
 Para liberar a raiva, você precisa do entendimento. Você precisa entender porquê e para quê; você precisa ver um quadro mais amplo da situação. Se você puder se imaginar como uma mulher poderosa, que poderia ser impiedosa e cruel com os homens, e sentir internamente que isto também é parte de você, então a raiva poderá se dissolver.
Assim poderá surgir uma compreensão mais abrangente, um conhecimento interior de que você é parte de uma história cármica maior, na qual você desempenhou tanto o papel de agressor como o de vítima. É quase impossível liberar as suas emoções de dor e impotência e a sua sensação de ser uma vítima, sem olhar também para o seu outro lado, o “lado escuro”.
Você não precisa necessariamente voltar a vidas passadas para reconhecer essa parte escura dentro de si. Você também pode se tornar mais consciente dela, observando a si mesma no seu dia-a-dia.

Quando você sentir essa energia (isto é, a vontade de exercer esse poder e ferir os outros), poderá perceber que você não tem sido apenas a vítima indefesa das circunstâncias externas. Existe um laço cármico entre o agressor e a vítima: ambos os papéis refletem aspectos de você mesma.
Assim que você reconhece e aceita o seu lado escuro, você pode olhar para as suas feridas internas de uma forma diferente, e pode começar a perdoar.
Quando existe entendimento, a raiva pode se dissolver e você pode entrar em contato com a camada de emoções por baixo dela; a tristeza, o desgosto, a dor que existe em várias camadas, inclusive no próprio corpo físico.
É muito importante que as mulheres reconheçam o seu lado agressor e trabalhem com ele. Se existe ódio e ressentimento em você em relação à sexualidade, entenda que quanto mais ódio e raiva você sente, mais você se identifica com o papel de vitima e mais você sabota a sua liberdade.
 Tente perceber internamente que, na arena da sexualidade, está se desenrolando um jogo cármico, no qual você desempenhou os dois papéis – tanto o do “mocinho” quanto o do “bandido”.
 A partir daí, você poderá ir para o perdão: perdoar a si mesma e perdoar outra pessoa. As coisas acontecem por alguma razão.
Atos de violência e repressão podem parecer sem sentido, mas sempre existe uma história por trás deles. E sempre que existe violência sexual envolvida, ela deixa marcas profundas em todos os quatro níveis do ser humano.


BLOQUEIOS NA ENERGIA MASCULINA

Quanto à experiência de sexualidade masculina, a maioria dos bloqueios que ocorrem estão no nível do coração ou da cabeça.
Nesses níveis, pode haver um medo de se entregar, um medo da intimidade emocional profunda. Este medo é muito mais antigo do que vocês podem se lembrar.
 Ele está relacionado com a época em que as mulheres dominavam os homens. Isto fez com que o jogo da atração sexual, que inicialmente era inocente e espontâneo, se tornasse ameaçador.
Os homens aprenderam que era perigoso mostrar suas emoções e abrir seu coração para suas parceiras.
Dentro dos homens, existem medos profundamente assentados, relacionados com a entrega ao seu lado sentimental, e esses medos não se manifestam necessariamente no nível físico.
 Os homens podem participar do ato sexual físico, enquanto mantêm seus sentimentos à parte.
 Ou seja, o homem pode estar sexualmente presente no nível físico, enquanto a sua natureza sentimental está (parcialmente) ausente.
As suas emoções estão presas devido a esse medo de se abrir e se tornar vulnerável à rejeição mais uma vez. Sua alma conserva as antigas lembranças de quando ele foi abandonado e ferido emocionalmente.




PACIÊNCIA E AMOR

Geralmente, os bloqueios de energia são um pouco diferentes nos homens e nas mulheres.
 Portanto, é muito importante que o casal se comunique abertamente a respeito do que cada um sente e percebe quando estão juntos. Quando você realmente confia no seu parceiro (ou parceira), você pode investigar – sem sentir vergonha – onde a sua energia sexual fica bloqueada, quando vocês estão em intimidade.
 Você pode fazer isto, simplesmente observando até que ponto você se permite sentir e expressar o fluxo de excitação e intimidade, quando ele começar a surgir entre vocês.
 Perceba se você se sente preso ou bloqueado em alguma parte do seu corpo ou em algum ponto das suas emoções e sentimentos. Você sente um calor no seu coração quando vocês estão juntos? Você sente uma abertura espiritual em relação ao outro?
Você está preparado para se relacionar com o outro, na totalidade dele?
Parece esquisito, mas vocês têm medo da intimidade verdadeira.
Todos vocês desejam intensamente um relacionamento satisfatório. Nas ruas, todos os cartazes se referem a um relacionamento emocional e sexualmente gratificante.
 Mas a verdadeira intimidade assusta vocês. Quando alguém se aproxima demais e lhes é pedido que tirem suas máscaras, surgem vários tipos de inibição, das quais vocês não tinham consciência.
Nos momentos em que elas vêm à tona, tentem não julgar a si mesmos por causa disso. Ao contrário – vejam isso como uma oportunidade de pesquisar essas inibições e bloqueios que existem dentro de vocês.
Ninguém está livre deles.

 Praticamente todas as pessoas têm bloqueios que os impedem de experienciar a sexualidade no sentido completo que Eu descrevi no começo. É por isso que Eu quero pedir a todos vocês que olhem para o seu fluxo de energia sexual interno com amorosa consciência – quer vocês estejam sozinhos ou num relacionamento – e tratem os bloqueios que vocês encontrarem, com carinho e respeito.
A força é o pior conselheiro nessas questões. Paciência e amor são vitais.
Mantenham vivo desejo de uma experiência sexual verdadeira e completa!
Vocês não precisam jogar fora a criança junto com a água do banho. O desejo é saudável. O caminho para uma experiência de sexualidade plena e feliz pode ser longo e tortuoso. Mas, durante o percurso, vocês farão crescer amor e compaixão por si mesmos e pelos outros, e isto é imensamente valioso no seu mundo humano.
Vocês estão curando uma antiga história de lutas entre o homem e a mulher. As energias masculina e feminina querem voltar a se unir e participar de uma dança de alegria e criatividade.
Qualquer contribuição que vocês façam neste sentido, no nível individual, tem uma influência positiva na alma coletiva do homem e da mulher. O amor de vocês por si mesmos faz com que as energias de paciência e amor se  tornem disponíveis para os outros.

© Pamela Kribbe 2005
www.jeshua.net

Tradução para o português: Vera Corrêa  veracorrea46@ig.com.br
Revisão: Luiz Corrêa
 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O CAMINHO DO TRABALHADOR DA LUZ








Uma mensagem de Jeshua canalizada por Pamela Kribbe em julho de 2011
Querido amigo,

Eu sou Jeshua e saúdo-o. Estou intimamente conectado a você pelo meu coração. Somos profundamente ligados e existe um nível no qual somos um. A consciência unificada que nos une, pode ser sentida como uma energia de liberdade, criatividade, bondade e alegria. Esta é a sua verdadeira origem e o seu verdadeiro lar.
 Agora você está manifestado na forma física, localizado no tempo e no espaço, mas é muito mais do que isso. 
Sinta a energia de Deus no seu interior e perceba como essa energia é simples. 
Deus não está no topo de uma hierarquia, olhando para você de cima para baixo. Deus é o fluxo de energia que flui através de tudo: através de você, através de todos os seres vivos da Terra, e até através das coisas que parecem inanimadas no seu ambiente material. Deus está em todos os lugares.
Deus não é limitado por formas. Deus é a consciência criativa pura, conectando-se com formas materiais, no tempo e no espaço, para experienciar a vida de inúmeras maneiras diferentes. 
Agora sinta quem você é nesse imenso fluxo divino: uma centelha de luz dentro de um oceano de consciência viva, mas uma centelha indestrutível que oferece uma contribuição única ao todo. Sinta a força indestrutível no seu interior; ela está aí para sempre. Você faz parte de Deus. 

Sua consciência é divinamente criativa. Você escolheu seu caminho de vida e suas experiências. Embora geralmente isto não lhe pareça verdadeiro, nas profundezas do seu ser existe uma força criativa que programa certos acontecimentos importantes na sua vida e atrai as experiências que você deseja ter para entender, crescer e se expandir.
 Essencialmente, você nunca é uma vítima neste mundo. No âmago do seu ser, você nunca é verdadeiramente impotente nem arruinado.
 Porque, nesse âmago, está a centelha de Deus que diz “sim” às experiências pelas quais você passa na forma física, e que sabe que você é capaz de aprender com elas, para que sua consciência se torne ainda mais ampla e compassiva.
Acolha esse poder criativo interior, que atraiu para você a vida que você experiencia agora. Acolha sua vida com todos seus altos e baixos. Você tem o poder de vivê-la bem.
 A maior satisfação que encontrará será lembrar-se quem você é enquanto estiver na forma física, preso nas exigências e nos desafios da vida na Terra. A recordação de quem você é permite que a centelha de luz divina se conecte totalmente com o seu eu humano.
 Entregar-se a essa centelha de luz criativa, ilimitada, no seu interior, mudará a sua vida e mudará também a vida de outras pessoas.
Você que está lendo isto e que se sente atraído pela energia Crística, é alguém que deseja irradiar sua luz interior para o mundo. 
Você deseja se manifestar como um trabalhador da luz, isto é, você sente o desejo de difundir a luz e elevar a consciência na Terra. Sua paixão é pura e real; ela vem do âmago de quem você é, da sua alma.

 É a centelha de Deus no seu interior que o conduz a esse desejo, pois, para Deus, é natural querer compartilhar alegria, luz e compaixão. Sempre que você se sente feliz por expressar aquilo que você realmente é, você está sentindo a alegria de Deus também, pois você e Deus são um só coração!
Muitas vezes você se pergunta o que o trabalho de luz realmente é. 
O que significa difundir a luz ou oferecer a cura para outras pessoas? Esta é a questão que eu gostaria de abordar hoje.
 Antes de mais nada, precisamos olhar mais de perto para o relacionamento entre as pessoas, quando uma está ajudando a outra. Gostaria de salientar que está acontecendo uma coisa estranha na distinção que a sua sociedade faz entre saudável e doente, ou inteiro de fragmentado. 
Quando vai ao médico com um problema de saúde, você é uma “pessoa doente necessitando tratamento”. 
Os médicos devem saber alguma coisa que você não sabe. Eles são os especialistas e você facilmente tem a sensação de que sua saúde está nas mãos deles. Isto não é muito diferente quando você sofre de problemas mentais ou emocionais.
 Se uma pessoa vai a um terapeuta, a um psicólogo ou a um médico, ela silenciosamente pressupõe que estes especialistas possuem algum conhecimento ou capacidade superior que pode ajudá-la a resolver suas questões. 

O próprio modo em que o relacionamento entre paciente e médico ou terapeuta se define faz com que algo aconteça com a auto-percepção de ambas as partes envolvidas.
Se este relacionamento for enquadrado em termos de um ter maior conhecimento e percepção que o outro, fica subentendido que o paciente precisa do terapeuta/médico para receber alguma coisa que ele mesmo não possui e não pode dar a si próprio. Supõe-se que o terapeuta seja inteiro e saudável, e que esteja oferecendo luz e cura a uma pessoa que está doente e/ou despedaçada.
 Deste ponto de vista, o terapeuta ou médico está à frente do paciente e de posse de algo que ele oferece àquele que carece desse conhecimento ou capacidade. 
De uma perspectiva espiritual, este ponto de vista é falso e distorcido. Ele faz com que você já comece com o pé errado. Entretanto, ele está profundamente arraigado na sua sociedade, nos cuidados com a saúde física e mental. 
Observe como é fácil sentir-se menor do que a pessoa que você está consultando para conselho médico ou espiritual. Você é o que tem o problema; ela é a que tem a solução.
 Uma armadilha comum para as pessoas que ajudam outras diariamente é identificar-se tanto com o papel de auxiliador a ponto de não conseguir se desapegar dele. Elas se definem através desse papel e isto as torna dependentes dos seus pacientes, do mesmo modo que os pacientes se tornam dependentes delas. 

O paciente pode sentir que precisa do terapeuta para curá-lo, mas o terapeuta também precisa do paciente para sustentar sua imagem de auxiliador – aquela pessoa entendida, grandiosa, que está disposta a compartilhar suas conquistas com os necessitados. Neste ponto é fácil nascer um relacionamento desequilibrado, centrado em poder e dependência.
O trabalho de luz é algo muito diferente. Para entender o que verdadeiramente é o trabalho de luz ou cura espiritual, você precisa abandonar a imagem tradicional de “terapeuta ajudando paciente” ou “médico curando paciente”.
 Você precisa abandonar a própria idéia de que ajudar quer dizer dar alguma coisa a outra pessoa. A própria idéia de que falta alguma coisa à outra pessoa é prejudicial ao seu processo de cura. A verdade é que a única maneira de ajudar alguém é conscientizá-lo do seu próprio poder e capacidade de curar a si mesmo.
 A marca de um bom professor é que ele se faz menor em vez de maior. 
Os verdadeiros professores encorajam você a reassumir o seu poder interior e não aceitam a sugestão de que você é pequeno, necessitado e dependente de alguém mais. 
Os verdadeiros professores nunca se apresentam como autoridades. Isto é uma coisa boba de se fazer. 

O verdadeiro presente de um curador é conscientizar a pessoa da sua própria autoridade interna, do fato de que ela é uma centelha de Deus e tem à sua disposição todo o conhecimento do qual precisa.
A cura verdadeira é muito simples. Ela não requer métodos elaborados nem conhecimentos. Estou falando aqui da cura para a alma.
 Naturalmente, problemas físicos podem precisar da ajuda de médicos especialistas que possuem conhecimentos e capacidades específicos. 
Entretanto, a cura que afeta a alma é muito simples. Se você for até a raiz dos problemas mentais e físicos de uma pessoa, de alguma forma encontrará a crença de que ela é impotente, desprezível, indigna de ser amada e está condenada.
A causa mais profunda é que a pessoa se sente desconectada do seu verdadeiro ser, da centelha de luz divina que ela realmente é.
 Oferecer cura a uma pessoa é abrir sua lembrança do Lar, é relembrá-la da sua beleza perfeita, da sua força e inocência.
Como se faz isso? Em primeiro lugar, não existe nenhum método nem remédio fixos. 
Não é um procedimento mecânico. É uma transmissão de energia que pode acontecer de várias maneiras. 
Voltarei a este ponto, mais adiante. Em segundo lugar, ninguém se cura a menos que decida se abrir para a cura. Não se pode forçar a cura a ninguém. Ela é uma decisão da pessoa. 
Na verdade, a cura real é uma espécie de milagre: é o nascimento de uma nova consciência na alma. É uma criação do indivíduo e não pode ser prevista de antemão. 

Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz. A sombra representa a entrega ao auto-julgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo. 
A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. A escolha depende de cada um.
Mesmo que o mais lindo anjo lhe acene, convidando-o a liberar o passado e entrar no reino de Deus, fundindo-se novamente com a centelha de Luz que você é, a decisão depende de você.
 Se estiver imerso em imagens profundamente negativas de si mesmo ou de outra pessoa, se estiver sob o domínio do medo e da raiva, talvez você nem repare no anjo.
 Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de você. Ele é o seu Eu Superior ou Eu Verdadeiro, sua divindade tentando relembrá-lo de quem você é.
Algumas vezes na sua vida, você encontra pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo. Pode ser que nem estejam conscientes disso, mas elas o ajudam a se lembrar de quem você realmente é.
 O modo com que elas o escutam ou falam com você permite que uma centelha do seu Eu Verdadeiro repentinamente penetre a sua consciência e você se sinta alegre e inspirado depois de estar com elas.
 Isto pode inspirá-lo a escolher a luz, e tomar decisões na sua vida que sirvam ao seu Eu Superior, à sua paixão e amor pela vida.
 A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na sua vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é sua. Só você pode fazer o milagre acontecer!



Você deve ter encontrado anjos de cura na sua vida, e provavelmente deve ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubesse disso.
 O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz. Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética. 
Todas essas ações pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas. A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.
Se você tem a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que você lhe oferece é realmente uma mudança de percepção.
 Em vez de se concentrar nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, você se concentra na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante. 
Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão.
 Se você for capaz de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento autodestrutivo de uma pessoa e enxergar o anjo de luz em seu rosto, você lhe oferece algo muito precioso.

 Ao enxergar a essência verdadeira da pessoa, você invoca essa essência e a convida a se apresentar.
 Perceber o verdadeiro poder e a luz interior de um ser humano, mesmo quando eles não se mostram na superfície, é como chamá-lo por seu nome verdadeiro. Não há nada mais poderoso do que ser chamado por seu nome verdadeiro.
O que eu fiz, quando realizei as supostas curas milagrosas, durante a minha vida na Terra como Jesus, foi entrar em contato com a essência divina das pessoas.
 Quando eu enxergava e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não eu.
 A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas. 
Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam do indivíduo abrir-se ou não para a cura. O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que você trabalhar com pessoas com o propósito de cura.
Toda cura espiritual vem de dentro. Você não cura ninguém como trabalhador da luz. 

Você cria um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva. Em vez de tentar resolver qualquer problema externo, você contata a alma do outro e mantém uma visão de confiança e clareza para ele. Esta é a forma de ser do trabalhador da luz.
 Você tenta devolver ao outro a sua própria grandeza, em vez de se concentrar na sua pequenez. 
Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida. 
Se você fizer isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal. Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, você espelha a própria força dele através dos seus olhos e palavras.
 Concentrando-se no que é inteiro e puro no outro, você reforça isso nele.
Você só pode fazer isso se acreditar verdadeiramente que é possível.
 Se, em algum nível, você duvidar que o outro seja capaz disso, confirmará o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocar sua força.
 Você é mais poderoso como curador quando confia plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandona qualquer idéia de que ele seja dependente de você.
 Talvez você sinta que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo. Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que você não esteja mais à disposição do outro para ajudá-lo.
 Você continua lá, mantendo sua fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser.


  Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que você lhe oferece.
Sei que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são seus entes queridos.
 Pode lhe parecer impossível parar de “ajudá-los”, se desapegar deles e pôr sua energia em outro lugar. 
Mas, por favor, pare por um instante e pense se você está realmente ajudando-os desse modo.
 Se eles dependem da sua energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios?
 No nível da alma, você pode estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior.
 Isto afeta a ambos negativamente.
Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma. 
No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém. Todos são centelhas da existência que vocês chamam de Deus. No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra. Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto.
 Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento. Pode ser que você esteja ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida. Pode ser que, neste ponto do tempo, você seja aquele que está oferecendo ajuda. Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar seu professor e lhe mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que o surpreenderão. 

Para oferecer cura espiritual ou ser um trabalhador da luz, é importante ter sempre em mente que você é igual aos outros no nível da alma.
 É essencial que você reconheça a sua própria humanidade e que você está realmente no mesmo barco que os outros. 
Você pode estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não o torna diferente dele, no sentido de “ser superior” ou “estar acima” dele.

 Não se identifique com “ser um trabalhador da luz”. Se você se sente atraído para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, siga sua paixão e faça o que você ama fazer.
O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia. 
Geralmente, se você fizer o que realmente ama fazer, verá que inspirará os outros a fazer o mesmo. Ser uno com a centelha de Deus no seu coração o conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar.
 Viver a partir do coração é realmente muito simples. É se conectar com o desejo do seu coração, sua alegria verdadeira, e ousar agir de acordo com isso. É isto que o torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”.
 Porque, ao trazer para o mundo a canção exclusiva da sua alma, você inspira outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta. 
A luz se irradia naturalmente para fora. Você não precisa se preocupar sobre como difundir a luz no mundo. Não tente ser bom e útil. Tente viver de acordo com sua natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso.
© Pamela Kribbe 2011
www.jeshua.net
Tradução de Vera Corrêa  veracorrea46@ig.com.br